São Francisco e Santa Clara de Assis.

São Francisco e Santa Clara de Assis.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

SANTO DO DIA 30/11: SANTO ANDRÉ.


Apóstolo (século I)


Entre os Doze apóstolos de Cristo, André foi o primeiro a ser seu discípulo. Além de ser apontado por eles próprios como o "número dois", depois, somente, de Pedro. Na lista dos apóstolos, pela ordem está entre os quatro primeiros. Morava em Cafarnaum, era discípulo de João Batista, filho de Jonas de Betsaida, irmão de Simão-Pedro e ambos eram pescadores no mar da Galiléia.

Foi levado por João Batista à verde planície de Jericó, juntamente com João Evangelista, para conhecer Jesus. Ele passava. E o visionário profeta indicou-o e disse a célebre frase: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". André, então, começou a segui-lo.

A seguir, André levou o irmão Simão-Pedro a conhecer Jesus, afirmando: "Encontramos o Messias". Assim, tornou-se, também, o primeiro dos apóstolos a recrutar novos discípulos para o Senhor. Aparece no episódio da multiplicação dos pães: depois da resposta de Filipe, André indica a Jesus um jovem que possuía os únicos alimentos ali presentes: cinco pães e dois peixes.

Pouco antes da morte do Redentor, aparece o discípulo André ao lado de Filipe, como um de grande autoridade. Pois é a ele que Filipe se dirige quando certos gregos pedem para ver o Senhor, e ambos contaram a Jesus.

André participou da vida publica de Jesus, estava presente na última ceia, viu o Cristo Ressuscitado, testemunhou a Ascenção e recebeu o primeiro Pentecostes. Ajudou a sedimentar a Igreja de Cristo a partir da Palestina, mas as localidades e regiões por onde pregou não sabemos com exatidão.

Alguns historiadores citam que depois de Jerusalém foi evangelizar na Galiléia, Cítia, Etiópia, Trácia e, finalmente, na Grécia. Nessa última, formou um grande rebanho e pôde fundar a comunidade cristã de Patras, na Acaia, um dos modelos de Igreja nos primeiros tempos. Mas foi lá, também, que acabou martirizado nas mãos do inimigo, Egéas, governador e juiz romano local.

André ousou não obedecer à autoridade do governador, desafiando-o a reconhecer em Jesus um juiz acima dele. Mais ainda, clamou que os deuses pagãos não passavam de demônios. Egéas não hesitou e condenou-o à crucificação. Para espanto dos carrascos, aceitou com alegria a sentença, afirmando que, se temesse o martírio, não estaria "pregando a grandeza da cruz, onde morreu Jesus".

Ficou dois dias pregado numa cruz em forma de "X"; antes, porém, despojou-se de suas vestes e bens, doando-os aos algozes. Conta a tradição que, um pouco antes de André morrer, foi possível ver uma grande luz envolvendo-o e apagando-se a seguir. Tudo ocorreu sob o império de Nero, em 30 de novembro do ano 60, data que toda a cristandade guarda para sua festa.

O imperador Constantino trasladou, em 357, de Patos para Constantinopla, as relíquias mortais de santo André, Apóstolo. Elas foram levadas para Roma, onde permanecem até hoje, na Catedral de Amalfi, só no século XIII. Santo André, Apóstolo, é celebrado como padroeiro da Rússia e Escócia.


Texto: Paulinas Internet

Liturgia Diária: Santo André, apóstolo - Segunda-feira 30/11/2015



Primeira Leitura (Rm 10,9-18)

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.

Irmãos, 9se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, no teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. 10É crendo no coração que se alcança a justiça e é confessando a fé com a boca que se consegue a salvação. 11Pois a Escritura diz: “Todo aquele que nele crer não ficará confundido”. 12Portanto, não importa a diferença entre judeu e grego; todos têm o mesmo Senhor, que é generoso para com todos os que o invocam. 13De fato, todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo. 14Mas como invocá-lo, sem antes crer nele? E como crer, sem antes ter ouvido falar dele? E como ouvir, sem alguém que pregue? 15E como pregar, sem ser enviado para isso?

Assim é que está escrito: “Quão belos são os pés dos que anunciam o bem”. 16Mas nem todos obedeceram à Boa Nova. Pois Isaías diz: “Senhor, quem acreditou em nossa pregação?” 17Logo, a fé vem da pregação e a pregação se faz pela palavra de Cristo. 18Então, eu pergunto: Será que eles não ouviram? Certamente que ouviram, pois “a voz deles se espalhou por toda a terra, e as suas palavras chegaram aos confins do mundo”.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Responsório (Sl 18)

— Seu som ressoa e se espalha em toda terra.

— Seu som ressoa e se espalha em toda terra.

— Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta notícia.

— Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz.


Evangelho (Mt 4,18-22)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 18quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. 19Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. 20Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram. 21Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu, consertando as redes. Jesus os chamou. 22Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.



HOMILIA DIÁRIA:

Coloquemos nossos dons a serviço do Reino de Deus

Podemos nos tornar pescadores de homens, da humanidade. Basta que coloquemos nossos dons e talentos, nossa disposição a serviço do Reino de Deus

“Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens” (Mateus 4, 19).

Celebramos hoje o apóstolo Santo André, irmão de Pedro. Foi André quem ouviu de João que Jesus era o Cordeiro de Deus, aquele que primeiro seguiu Jesus e depois foi chamar seu irmão para dizer: ‘Encontramos o Messias!’.

A narração do Evangelho de hoje, segundo Mateus, mostra-nos um outro contexto deste chamado de Jesus. Quando Simão está junto de seu irmão André e Jesus passa por ali, chama-os para que se tornem pescadores: “‘Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens’. Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram” (Mateus 4, 19-20).

Na verdade, quando olhamos para o exemplo dos apóstolos, os irmãos Simão e André nos mostram que é capaz, é possível, porque Deus usa daquilo que fazemos de melhor para salvar pessoas e transformar o mundo.

Eles não deixaram de ser pescadores, usavam justamente da pesca para sobreviver, mas ampliaram a capacidade de pescar; não ficaram apenas pescando os peixinhos do mar. Aprenderam com o Mestre que era possível pescar homens, pescar a humanidade para que encontrassem o sentido da vida.

Nós, um dia, fomos pescados pela Palavra de Deus, fomos salvos da perdição do mundo para nos tornarmos seguidores de Jesus e podemos também ser outros pescadores de homens.

Talvez a sua nobre profissão não seja pescar, talvez você saiba fazer outra coisa, talvez seja uma excelente dona de casa, um programador, um professor… use do dom, do talento, daquilo que você faz e é capaz de fazer para também salvar almas!

Todos nós, a exemplo de Simão e André, o apóstolo que celebramos hoje, podemos nos tornar pescadores de homens, da humanidade. Basta que coloquemos os dons, os talentos, a nossa disposição a serviço do Reino de Deus.

Quantos usam o dom que tem para a internet, para as redes sociais, para fazer um bem enorme! Há também aqueles que provocam estragos irreparáveis, mas há aqueles que se propõem a salvar corações até mesmo com uma simples mensagem.

Onde você estiver seja um bom marceneiro, um bom profissional! Use do dom, do talento que você tem, porque Jesus precisa de você para pescar mais homens, para salvar a humanidade!

Deus abençoe você!




Padre Roger Araújo

domingo, 29 de novembro de 2015

Liturgia Diária: 1º Domingo do Advento - 29/11/2015.

Primeira Leitura (Jr 33,14-16)

Leitura do Livro do profeta Jeremias:
14“Eis que virão dias, diz o Senhor, em que farei cumprir a promessa de bens futuros para a casa de Israel e para a casa de Judá.

15Naqueles dias, naquele tempo, farei brotar de Davi a semente da justiça, que fará valer a lei e a justiça na terra.

16Naqueles dias, Judá será salvo e Jerusalém terá uma população confiante; este é o nome que servirá para designá-la: ‘O Senhor é a nossa justiça’”.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Responsório (Sl 24)

— Senhor meu Deus, a vós elevo a minha alma!

— Senhor meu Deus, a vós elevo a minha alma!

— Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, e fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza, porque sois o Deus da minha salvação!

— O Senhor é piedade e retidão, e reconduz ao bom caminho os pecadores. Ele dirige os humildes na justiça, e aos pobres ele ensina o seu caminho.

— Verdade e amor são os caminhos do Senhor para quem guarda sua Aliança e seus preceitos. O Senhor se torna íntimo aos que o temem e lhes dá a conhecer sua Aliança.

Segunda Leitura (1Ts 3,12-4,2)

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses:

Irmãos: 3,12O Senhor vos conceda que o amor entre vós e para com todos aumente e transborde sempre mais, a exemplo do amor que temos por vós. 13Que assim ele confirme os vossos corações numa santidade sem defeito aos olhos de Deus, nosso Pai, no dia da vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os seus santos.

4,1Enfim, meus irmãos, eis que vos pedimos e exortamos no Senhor Jesus: Aprendestes de nós como deveis viver para agradar a Deus, e já estais vivendo assim. Fazei progressos ainda maiores! 2Conheceis, de fato, as instruções que temos dado em nome do Senhor Jesus.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Anúncio do Evangelho (Lc 21,25-28.34-36)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós!

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:

25“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. 26Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas.

27Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória. 28Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.

34Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós; 35pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra.

36Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

HOMILIA DIÁRIA:


É preciso oração e vigilância na entrega a Deus.

A vida no Espírito, a vida em Deus, é uma eterna vigilância, porque Ele nos convida a estarmos atentos e orarmos a todo momento para permanecermos de pé

“Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem” (Lucas 21, 36).



Amados irmãos e irmãs, se a Palavra de Deus nos mostra realidades duras, difíceis e preocupantes em relação a tantas coisas que hão de acontecer e acontecem na natureza, no mundo em que vivemos, onde estamos, algumas precauções são importantes para não nos abatermos, não nos abalarmos e não nos levarmos pela sensação do terror em qualquer situação da vida.

O primeiro é óbvio: evitar a sensibilidade diante das causas da vida, ter cuidado com o excesso de alimento e bebida, não deixar que a preocupação nos roube o essencial. Por isso, saber vigiar, saber viver com prudência na relação com as coisas é fundamental para mantermos a vida no Espírito, a vida em Deus! É uma eterna vigilância, porque Ele nos convida a estarmos atentos e orarmos a todo momento para permanecermos de pé.

Quantas tribulações nos jogam por terra, quantas situações difíceis, quantos momentos angustiantes nos deixam desanimados, para baixo ou revoltados! É preciso vigilância: “Não vou me entregar a essa ou aquela tribulação que vem para tirar a paz de espírito!”.


A segunda coisa: permanecer de pé, permanecer orante, seja de joelhos ou sentado, pois o importante não é a disposição física, mas a disposição da alma e do coração, que mantêm a comunhão, a sintonia com Deus em qualquer circunstância. O importante é pedir que o Senhor nos dê essa graça de ficarmos de pé diante de qualquer situação.

Que Deus nos faça vitoriosos e que nenhuma tribulação tire de nós o sabor de viver!

Deus abençoe você! 



Padre Roger Araújo

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Liturgia Diária DO 34º SEMANA DO TEMPO COMUM - Terça-feira 24/11/2015.

Primeira Leitura (Dn 2,31-45)

Leitura da Profecia de Daniel.

Naqueles dias, disse Daniel a Nabucodonosor: 31“Tu, ó rei, olhavas, e pareceu-te ver uma estátua grande, muito alta, erguida à tua frente, de aspecto aterrador. 32A cabeça da estátua era de ouro fino, peito e braços eram de prata, ventre e coxas, de bronze; 33sendo as pernas de ferro, e os pés, parte de ferro e parte de barro. 34Estavas olhando, quando uma pedra, sem ser empurrada por ninguém, se desprendeu de algum lugar, e veio bater na estátua, em seus pés de ferro e barro, fazendo-os em pedaços; 35então, a um só tempo, despedaçaram-se ferro, barro, bronze, prata e ouro, tudo ficando como a palha miúda das eiras, no verão, que o vento varre sem deixar vestígios; mas a pedra que atingira a estátua transformou-se num grande monte e encheu toda a terra.

36Este foi o sonho; vou dar também a interpretação, ó rei, em tua presença. 37Tu és um grande rei, e o Deus do céu te deu a realeza, o poder, a autoridade e a glória; 38ele entregou em tuas mãos os filhos dos homens, os animais do campo e as aves do céu, onde quer que habitem, e te constituiu senhor de todos eles: tu és a cabeça de ouro.39Depois de ti, surgirá outro reino, que é inferior ao teu, e ainda um terceiro, que será de bronze, e dominará toda a terra. 40O quarto reino será forte como ferro; e assim como o ferro tudo esmaga e domina, do mesmo modo, à semelhança do ferro, ele esmagará e destruirá todos aqueles reinos. 41Viste os pés e dedos dos pés, parte de barro e parte de ferro, porque o reino será dividido; terá a força do ferro, conforme viste o ferro misturado com barro cozido. 42Viste também que os dedos dos pés eram parte de ferro e parte de barro, porque o reino em parte será sólido e em parte quebradiço.

43Quanto ao ferro misturado com barro cozido, haverá decerto ligações por via de casamentos, mas sem coesão entre as partes, assim como o ferro não faz liga com o barro. 44No tempo desses reinos, o Deus do céu suscitará um reino que nunca será destruído, um reino que não passará a outro povo; antes, esmagará e aniquilará todos esses reinos, e ele permanecerá para sempre. 45Quanto à pedra que, sem ser tocada por mãos, se desprendeu do monte e despedaçou o barro cozido, o ferro, o bronze, a prata e o ouro, o grande Deus faz saber ao rei o que acontecerá depois, no futuro. O sonho é verdadeiro, e sua interpretação, fiel”.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Responsório (Dn 3,57s.)

— Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!

— Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!


— Obras do Senhor, bendizei o Senhor!

— Céus do Senhor, bendizei o Senhor!

— Anjos do Senhor, bendizei o Senhor!

— Águas do alto céu, bendizei o Senhor!

— Potências do Senhor, bendizei o Senhor!

Evangelho (Lc 21,5-11)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 5algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: 6“Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. 7Mas eles perguntaram: “Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?” 8Jesus respondeu: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ E ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais essa gente! 9Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”. 10E Jesus continuou: “Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. 11Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

HOMILIA DIÁRIA:



Só Cristo transforma e dá sentido a nossa existência


Só Cristo transforma e dá sentido a nossa existência. Sabemos que Jesus está voltando, e nós temos de nos converter não só porque Ele está voltando, mas sim porque O amamos

“Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ E ainda: ‘O tempo está próximo” (Lucas 21, 8).



Jesus, em Sua vida na Terra, viu muitas pessoas sendo iludidas e enganadas. Quantos vieram antes d’Ele, no tempo d’Ele ou depois d’Ele e se colocaram como o messias, como o salvador!

Muitas vezes, as pessoas, no desespero da vida, com a situação apertada em que estavam ou na ânsia de encontrarem a salvação, deixavam-se levar (e deixam-se levar até o dia de hoje) por falsos messias, falsas promessas, ilusões e pregações, por canções, milagres e assim por diante.

Não nos deixemos iludir nem enganar; é preciso procurar o Cristo e encontrá-Lo onde Ele verdadeiramente estiver. Não vá por aquela máxima de que tudo que fala de Deus é de Deus; tudo o que é religião, que fala de coisas boas e vale a pena ser seguido.

Não tenho nada contra religião nenhuma, pelo contrário, queremos que, cada vez mais, haja respeito, tolerância e, acima de tudo, amor entre aqueles que creem em Deus. Ao mesmo tempo, o zelo, o cuidado e o pastoreio pelas almas não podem permitir que nos deixemos iludir ou que as ovelhas se percam pelas ilusões da vida. É preciso ensinar as pessoas a terem discernimento.

Encontro muitas coisas boas em religiões que não professam a fé católica, aquela na qual eu creio e a qual professo; mas não posso deixar de dizer que muitas pessoas são iludidas e estão se deixando enganar por caminhos que não são de Deus, por mais que falem d’Ele. Sobretudo quando aquilo que se prega é recheado de falsas promessas, quando as pessoas vão a certos lugares em busca de algo ilusório.

Por isso, Cristo está nos advertindo, e a primeira coisa que Ele nos fala é que não podemos seguir Jesus por medo ou ameaça, dizendo: “Olha, venha seguir logo Jesus, porque a vida está acabando e Ele está voltando!”.

Sim, nós sabemos que Jesus está voltando. Vamos nos converter não só porque Ele está voltando, mas sim porque nós O amamos. Vamos segui-Lo não pela ameaça ou o medo de irmos para o inferno, mas pelo céu que Ele fez e prometeu para nós. Não vamos segui-Lo, porque Ele curou essa ou aquela pessoa, mas porque Ele transforma a nossa vida e dá sentido a nossa existência. Vamos seguir Jesus não porque essa ou aquela igreja está cheia de pessoas, porque uma multidão O seguia, pois quando Ele sofreu a perseguição e a morte, foram poucos que ficaram com Ele.

Vamos seguir Jesus na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, não vamos segui-Lo por causa da prosperidade ou porque estamos bem. O Senhor está conosco! Se padecemos na miséria ou nas dificuldades da vida, Ele também está conosco.

Neste mundo, chegamos sem nada, adquirimos algumas coisas, mas voltamos sem nada, só levamos o Senhor. Por isso, não seguiremos Jesus porque vamos ganhar isso ou aquilo, mas sim porque Ele é a maior riqueza da nossa vida!

Deus abençoe você!



Padre Roger Araújo

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

São Clemente I - terceiro Papa que governou a Igreja Romana




Com grande alegria e veneração lembramos a vida do terceiro Papa que governou, no primeiro século, a Igreja Romana

São Clemente I assumiu a Cátedra de Pedro, depois de Lino, Anacleto e com muito empenho regeu a Igreja de Roma dos anos 88 até 97.

Sobressai no seu pontificado um documento de primeira grandeza, fundamental a favor do primado universal do Bispo de Roma: a carta aos Coríntios, escrita no ano de 96.

Perturbada por agitadores presumidos e invejosos, a comunidade cristã de Corinto ameaçava desagregação e ruptura.

São Clemente escreve-lhe então uma extensa carta de orientação e pacificação, repassada de energia persuasiva, recomendando humildade, paz e obediência à hierarquia eclesiástica já então definida nos seus diversos graus: Bispos, Presbíteros e Diáconos.

Esta sua intervenção mostra que Clemente, para além de Bispo de Roma, sentia-se responsável e com autoridade sobre as outras Igrejas.

E saliente-se que, nessa altura, vivia ainda o Apóstolo São João, o que nos permite concluir que o Primado não foi de modo algum uma ideia meramente nascida de circunstâncias favoráveis, mas uma convicção clara logo desde o início. Se assim não fosse, nunca São Clemente teria ousado meter-se onde, por hipótese, não era chamado.

João, como Apóstolo de Cristo, era sem dúvida uma figura venerável. Mas era ao Bispo de Roma, como sucessor de São Pedro, que competia o governo da cristandade.

Uma tradição, que remonta ao fim do século IV, afirma que São Clemente terminou sua vida com o martírio. Seu nome ficou incluído no Cânon Romano da Missa.

São Clemente I, rogai por nós!

Liturgia Diária: 34ª Semana Comum - Segunda-feira 23/11/2015.

Primeira Leitura (Dn 1,1-6.8-20)

Início da Profecia de Daniel.

1No terceiro ano do reinado de Joaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, avançou sobre Jerusalém e pôs-lhe cerco; 2o Senhor entregou em suas mãos Joaquim, rei de Judá, e parte dos vasos da casa de Deus, e ele os levou para a terra de Senaar, para o templo de seus deuses, depositando os vasos no tesouro dos deuses.

3Então o rei ordenou ao chefe dos eunucos, Asfenez, para que trouxesse, dentre os filhos de Israel, alguns jovens de estirpe real ou de família nobre, 4sem defeito físico e de boa aparência, preparados com boa educação, experientes em alguma ciência e instruídos, e que pudessem estar no palácio real, onde lhes deveriam ser ensinadas as letras e a língua dos caldeus.

5O rei fixou-lhes uma ração diária da comida e do vinho de sua mesa, de tal modo que, assim alimentados e educados durante três anos, eles pudessem no fim entrar para o seu próprio serviço.

6Havia, entre esses moços, filhos de Judá, Daniel, Ananias, Misael e Azarias. 8Ora, Daniel decidiu secretamente não comer nem beber da mesa do rei por convicções religiosas, e pediu ao chefe dos eunucos que o deixasse abster-se para não se contaminar.

9Deus concedera que Daniel obtivesse simpatia e benevolência por parte do mordomo. Este disse-lhe: “Tenho medo do rei, meu Senhor, que determinou alimentação e bebida para todos vós; 10se vier a perceber em vós um aspecto mais abatido que o dos outros moços da vossa idade, estareis condenando minha cabeça perante o rei”.

11Mas disse Daniel ao guarda que o chefe dos eunucos tinha designado para tomar conta dele, de Ananias, Misael e Azarias: 12“Por favor, faze uma experiência com estes teus criados por dez dias, e nos sejam dados legumes para comer e água para beber; 13e que à tua frente seja examinada nossa aparência e a dos jovens que comem da mesa do rei, e, conforme achares, assim resolverás com estes teus criados”.

14O homem, depois de ouvir esta proposta, experimentou-os por dez dias. 15Depois desses dez dias, eles apareceram com melhor aspecto e mais robustos do que todos os outros jovens que se alimentavam com a comida do rei.

16O guarda, desde então, retirava a comida e bebida deles para dar-lhes legumes. 17A esses quatro jovens Deus concedeu inteligência e conhecimento das letras e das ciências, e a Daniel, o dom da interpretação de todos os sonhos e visões.

18Terminado, pois, o prazo que o rei tinha fixado para a apresentação dos jovens, foram estes trazidos à presença de Nabucodonosor pelo chefe dos eunucos. 19Depois de o rei lhes ter falado, não se achou ninguém, dentre todos os presentes, que se igualasse a Daniel, Ananias, Misael e Azarias. E passaram à companhia do rei. 20Em todas as questões de sabedoria e entendimento que lhes dirigisse, achava o rei neles dez vezes mais valor do que em todos os adivinhos e magos que havia em todo o reino.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Responsório (Dn 3,52s.)

— A vós louvor, honra e glória eternamente!

— A vós louvor, honra e glória eternamente!


— Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais. A vós louvor, honra e glória, eternamente! Sede bendito, nome santo e glorioso. A vós louvor, honra e glória, eternamente!

— No templo santo onde refulge a vossa glória. A vós louvor, honra e glória, eternamente! Em vosso trono de poder vitorioso. A vós louvor, honra e glória, eternamente!

— Sede bendito, que sondais as profundezas. A vós louvor, honra e glória, eternamente! E superior aos querubins vos assentais. A vós louvor, honra e glória, eternamente!

— Sede bendito no celeste firmamento. A vós louvor, honra e glória, eternamente!

Evangelho (Lc 21,1-4)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos e viu pessoas ricas depositando ofertas no tesouro do Templo. 2Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas. 3Diante disso, ele disse: “Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. 4Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

HOMILIA DIÁRIA:




Sejamos generosos com o próximo como Deus é conosco

Se desejarmos que cresça em nosso coração a marca da generosidade, virtude divina mais que necessária para que nossas relações sejam melhores, apliquemo-nos em viver a generosidade em todas as situações da vida

“Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver” (Lucas 21,4).


Nós podemos ser mesquinhos ou generosos, isso vale para todas as situações da vida, não é somente no que diz respeito ao dinheiro, mas sim ao tempo, à intenção, ao cuidado com o outro, ao tempo que temos para Deus. É triste, mas muitas pessoas, por exemplo, não participam das coisas de Deus, porque não têm tempo. Elas dizem: “Eu gostaria muito, mas não tenho tempo!”. 

O que as pessoas estão dando para Deus? O que sobra. O que sobra do tempo e das finanças. O que está sobrando nós ofertamos a um pobre, a um doente ou para quem quer que seja. Quando fizermos aquela nossa avaliação de fim de ano, vamos dar aquela limpeza nas coisas, ver o que não presta, o que está estragado, o que não queremos mais. Geralmente é isso que damos aos outros.

Desculpe-me, mas dar o que sobra é próprio das pessoas mesquinhas. Quem é generoso dá o que tem, dá do melhor de si, é capaz de tirar de si próprio para ofertar e dar ao outro. Se desejarmos que cresça em nosso coração a marca da generosidade, da virtude divina mais que necessária para que nossas relações sejam melhores, apliquemo-nos em viver a generosidade em todas as situações da vida.

O que a viúva fez é o que acontece em tantas situações da vida. Olhe para o ofertório de uma Missa, às vezes, a pessoa abre a sua carteira e tira uma nota de cinco reais, por exemplo, mas procura uma notinha que esteja velha, que esteja estragada, que não tem importância, ou as moedinhas que sobraram.

Aqui não vale a comparação da quantidade, porque o mais importante para Deus não é a quantidade do que se dá no templo, não é a quantidade que se dá para ajudar essa ou aquela instituição de caridade. O mais importante é a generosidade com que se faz qualquer coisa. Alguém lhe pede uma ajuda e você diz: ‘Vou ver se posso ajudá-lo!’. E realmente você procura e o que sobrou para doar.

Todos nós passamos, muitas vezes, por situações apertadas, mas é bonito ver a generosidade dos mais pobres e simples, eles são os mais empenhados. Quando não podem ajudar financeiramente, ajudam de outra forma, seja trabalhando, colaborando, rezando e dizendo: “Eu estou presente e quero, de alguma forma, colaborar ou participar [com a Igreja]!”.

Não seja mesquinho na vida, não seja aquele que dá só o resto, só o que sobra. Sejamos generosos como Deus é sempre generoso conosco.

Vamos dar o melhor de nós. Assim, podemos ter a certeza de que a generosidade vai sempre fazer florir coisas belas em nossa vida!

Deus abençoe você!




Padre Roger Araújo

domingo, 22 de novembro de 2015

Sentido da festa de Cristo Rei.

Festa de Cristo Rei foi criada pelo papa Pio XI em 1925. Instituiu que fosse celebrada no último domingo de outubro. Agora, na reforma litúrgica passou ao último domingo do ano litúrgico como ponto de chegada de todo o mistério celebrado, para dar a entender que Ele é o fim para o qual se dirigem todas as coisas. 

A criação desta festa tinha uma conotação política de grandiosidade. Quem, dos mais antigos, não foi da Cruzada Eucarística? Roupinha branca, fita amarela com cruz e dois traços azuis para os melhores. Qual era o comprimento? - Viva Cristo! – Rei! Este amor a Cristo Rei sustentou os cristãos na perseguição do México. Quantos mártires não entregaram a vida proclamando: Viva Cristo Rei! Quem sabe nos falte uma definição maior para o Reino de Cristo. 

A oração da missa assim reza: “Deus que dispusestes restaurar todas as coisas em vosso Filho Amado, Rei do Universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade vos glorifiquem eternamente”. Vejamos os termos: Rei do Universo, vossa majestade. Para este sentido endereça a primeira leitura: A glória do Filho do Homem - “Seu poder é poder eterno que não lhe será tirado e seu reino, um reino que não se dissolverá” (Dn l7,14). Cristo com sua morte e ressurreição foi feito o Senhor da Glória. Seu Reino não tem fim.

Rei da Verdade. 

Mesmo que seja um reino, o é diferente dos reinos e governos do mundo. Jesus se proclama rei diante de Pilatos: “Tu és Rei?” Pergunta Pilatos diante no tribunal. “Tu o dizes, eu sou rei. Para isso nasci e vim ao mundo, para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta minha voz” (Jo 18,37). Jesus é rei da verdade. Pilatos pergunta-lhe: “O que é a verdade?” Mas não espera a resposta. (É comum em nossa vida perguntar as coisas para Deus e não querer saber a resposta). O que é esta verdade que é a identificação com Ele próprio? “Eu sou a Verdade e a vida” (Jo 14,6). Ser verdade para Jesus é ser Ele próprio o testemunho da vontade do Pai: Estabelecer no mundo o domínio da misericórdia amorosa da qual o Pai é a fonte. “Graças a esta vontade é que somos salvos” (Hb 10.10). Durante sua vida procura unicamente fazer a vontade do Pai: “E a vontade do que me enviou é esta: Que eu não perca nenhum de todos aqueles que me deu, mas que eu o ressuscite no último dia” (Jo.6,39). 

Um reino de sacerdotes. 

Todo povo de Deus tem, como Cristo esta realeza. Esta é o domínio do amor que transforma o mundo. O amor é a primeira fonte da união com Deus. Ele faz de nossos gestos de serviço aos outros, da transformação das estruturas de escravidão em liberdade, um sacerdócio do povo de Deus e de cada um que santifica o universo. Ser cristão é já construir o reino de Cristo no mundo. A modalidade de construir este reino é o serviço fraterno, humilde como Cristo fez na sua morte que o glorificou. Unindo nossa vontade à sua e a vontade do Pai, podemos crer em verdade que Ele é Rei e Senhor. 

Leituras: Daniel 7,13-14; Apocalipse 1,5-8; João 18,33-37 

Contexto: 

1. A festa de Cristo Rei, instituída por Pio XI, tinha uma finalidade político-religiosa de mostrar o senhorio de Jesus sobre o mundo, acima das situações de ateísmo e falta de religião. Esta festa foi colocada, na reforma litúrgica, no final do ano litúrgico para dar a perceber que Cristo é o centro do universo e para Ele tudo conflui. 

2. Cristo, diante de Pilatos se declara rei da verdade. Ele conhece toda a verdade, por isso dá por ela a vida. A verdade é o desígnio do Pai de implantar no mundo o reino da misericórdia amorosa. 

3. Todo o povo de Deus é sacerdotal, isto é, está unido a Cristo para a transformação do mundo em um mundo que sirva a Deus no culto verdadeiro que procede de um coração que ama.


Eduardo Rocha Quintella

SANTO DO DIA:


Santa Cecília, exemplo de mulher cristã



Santa Cecília é uma das mártires mais veneradas durante a Idade Média, tanto que uma basílica foi construída em sua honra no século V

Hoje celebramos a santidade da virgem que foi exaltada como exemplo perfeitíssimo de mulher cristã, pois em tudo glorificou a Jesus. Santa Cecília é uma das mártires mais veneradas durante a Idade Média, tanto que uma basílica foi construída em sua honra no século V. Embora se trate da mesma pessoa, na prática fala-se de duas santas Cecílias: a da história e a da lenda. A Cecília histórica é uma senhora romana que deu uma casa e um terreno aos cristãos dos primeiros séculos. A casa transformou-se em igreja, que se chamou mais tarde Santa Cecília no Trastévere; o terreno tornou-se cemitério de São Calisto, onde foi enterrada a doadora, perto da cripta fúnebre dos Papas.

No século VI, quando os peregrinos começaram a perguntar quem era essa Cecília cujo túmulo e cuja inscrição se encontravam em tão honrosa companhia, para satisfazer a curiosidade deles, foi então publicada uma Paixão, que deu origem à Cecília lendária; esta foi sem demora colocada na categoria das mártires mais ilustres. Segundo o relato da sua Paixão Cecília fora uma bela cristã da mais alta nobreza romana que, segundo o costume, foi prometida pelos pais em casamento a um nobre jovem chamado Valeriano. Aconteceu que, no dia das núpcias, a jovem noiva, em meio aos hinos de pureza que cantava no íntimo do coração, partilhou com o marido o fato de ter consagrado sua virgindade a Cristo e que um anjo guardava sua decisão.

Valeriano, que até então era pagão, a respeitou, mas disse que somente acreditaria se contemplasse o anjo. Desse desafio ela conseguiu a conversão do esposo que foi apresentado ao Papa Urbano, sendo então preparado e batizado, juntamente com um irmão de sangue de nome Tibúrcio. Depois de batizado, o jovem, agora cristão, contemplou o anjo, que possuía duas coroas (símbolo do martírio) nas mãos. Esse ser celeste colocou uma coroa sobre a cabeça de Cecília e outra sobre a de Valeriano, o que significava um sinal, pois primeiro morreu Valeriano e seu irmão por causa da fé abraçada e logo depois Santa Cecília sofreu o martírio, após ter sido presa ao sepultar Valeriano e Tibúrcio na sua vila da Via Ápia.

Colocada diante da alternativa de fazer sacrifícios aos deuses ou morrer, escolheu a morte. Ao prefeito Almáquio, que tinha sobre ela direito de vida ou de morte, ela respondeu: “É falso, porque podes dar-me a morte, mas não me podes dar a vida”. Almáquio condenou-a a morrer asfixiada; como ela sobreviveu a esse suplício, mandou que lhe decapitassem a cabeça.

Nas Atas de Santa Cecília lê-se esta frase: “Enquanto ressoavam os concertos profanos das suas núpcias, Cecília cantava no seu coração um hino de amor a Jesus, seu verdadeiro Esposo”. Essas palavras, lidas um tanto por alto, fizeram acreditar no talento musical de Santa Cecília e valeram-lhe o ser padroeira dos músicos. Hoje essa grande mártir e padroeira dos músicos canta louvores ao Senhor no céu.

Santa Cecília, rogai por nós!

Liturgia Diária: Jesus Cristo, Rei do Universo - Domingo 22/11/2015.

Primeira Leitura (Dn 7,13-14)

Leitura da Profecia de Daniel:

13“Continuei insistindo na visão noturna, e eis que, entre as nuvens do céu, vinha um como filho de homem, aproximando-se do Ancião de muitos dias, e foi conduzido à sua presença.

14Foram-lhe dados poder, glória e realeza, e todos os povos, nações e línguas o serviam; seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que não se dissolverá”.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Responsório (Sl 92)

— Deus é Rei e se vestiu de majestade,/ glória ao Senhor!

— Deus é Rei e se vestiu de majestade,/ glória ao Senhor!


— Deus é Rei e se vestiu de majestade,/ revestiu-se de poder e de esplendor!


— Vós firmastes o universo inabalável,/ vós firmastes vosso trono desde a origem,/ desde sempre, ó Senhor, vós existis!

— Verdadeiros são os vossos testemunhos,/ refulge a santidade em vossa casa,/ pelos séculos dos séculos, Senhor!

Segunda Leitura (Ap 1,5-8)

Leitura do Livro do Apocalipse:

5Jesus Cristo é a testemunha fiel, o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, o soberano dos reis da terra. A Jesus, que nos ama, que por seu sangue nos libertou dos nossos pecados 6e que fez de nós um reino, sacerdotes para seu Deus e Pai, a ele a glória e o poder, em eternidade. Amém.

7Olhai! Ele vem com as nuvens, e todos os olhos o verão, também aqueles que o traspassaram. Todas as tribos da terra baterão no peito por causa dele. Sim. Amém!

8“Eu sou o Alfa e o Ômega”, diz o Senhor Deus, “aquele que é, que era e que vem, o Todo-poderoso”.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Anúncio do Evangelho (Jo 18,33b-37).

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós!

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.

— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 33bPilatos chamou Jesus e perguntou-lhe: “Tu és o rei dos judeus?” 34Jesus respondeu: “Estás dizendo isto por ti mesmo ou outros te disseram isto de mim?”

35Pilatos falou: “Por acaso sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?”

36Jesus respondeu: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”.

37Pilatos disse a Jesus: “Então tu és rei?”

Jesus respondeu: “Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

HOMILIA DIÁRIA:


O único que reina em nossa vida é Jesus Cristo

Não existe outro rei no meio de nós, não existe outro soberano no meio de nós, não existe ninguém que possa reinar mais em nossa vida do que Cristo Jesus, Nosso Senhor

“Jesus Cristo é a testemunha fiel, o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, o soberano dos reis da terra” (Ap 1, 5).

Celebramos, hoje, com muita alegria, a Solenidade de Cristo, Rei do Universo. É o último domingo do Ano Litúrgico, e Cristo é aquele que abra e fecha, Ele é o “A” e o “Z”, o Alfa e Ômega, o princípio e a consumação de todas as coisas. Foi a Ele que o Pai entregou todas as realidades, Ele é o Rei soberano de todo o universo.

Se existe algum rei no meio de nós; se existe o rei da bola, o rei do rock, rei do futebol, rei de tantas coisas, o único que, de fato, reina em nossa vida para toda eternidade é Cristo Jesus, Nosso Senhor.

A Liturgia, hoje, quer, na verdade, coroar toda a nossa vivência de fé expressando essa verdade: Jesus Cristo é o Senhor dos nossos filhos, das nossas famílias, das nossas casas, de tudo aquilo que somos. Jesus Cristo é Rei, é o Senhor!

Não é uma afirmação alegórica, porque existem muitos reis apenas por alegoria, existem muitos reis que são reis apenas de forma figurativa. Cristo não é um rei figurativo nem alegórico; Ele é Rei, porque todas as coisas foram entregues a Ele.

Entre os eleitos de Deus e aqueles que se submetem ao Seu Reino só há um Rei, não existe outro soberano no meio de nós, não existe ninguém que possa reinar mais em nossa vida do que Cristo Jesus, Nosso Senhor!

A nossa fé, muitas vezes, caminha no descompasso. Andamos desnorteados para isso e para aquilo, porque nos submetemos a outros reis da Terra, quando, na verdade, o nosso coração pertence a um único Rei: Cristo Jesus, Nosso Senhor.

Neste domingo, renovemos a nossa consagração e a nossa entrega ao Senhor. Renovemos a entrega de nossa casa, de nossa família, a vida de cada um de nós à soberania de Cristo Jesus. Queremos proclamar o senhorio d’Ele em nossa vida, queremos exaltá-Lo como Nosso Rei, como Nosso Senhor. E só a Ele pertence a honra, a glória, o poder, a adoração e o nosso coração!

Misericórdia de nós, Senhor, quando deixamos que outras forças, que outros sentimentos reinem em nossa vida. Queremos somente nos submeter a Ti, queremos que seja o único Rei soberano de nossa vida.

Eis-nos aqui, Senhor, somos Teus amigos, somos Teus servos, e ao Teu Reino queremos entregar a nossa vida!

Deus abençoe você!


Padre Roger Araújo

sábado, 21 de novembro de 2015

TRÍDUO EM HONRA A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS.



Oração diante do Crucifixo:

Altíssimo e glorioso Deus, iluminai as trevas do meu coração. Dai-me uma fé reta, esperança certa e caridade perfeita. Sensibilidade e conhecimento, Senhor, a fim de que eu cumpra o vosso santo e veraz mandamento. Amém! 


São Francisco de Assis


Liturgia Diária: Apresentação de Nossa Senhora - Sábado 21/11/2015.

Leitura da Profecia de Zacarias.

14“Rejubila, alegra-te, cidade de Sião, eis que venho para habitar no meio de ti, diz o Senhor. 15Muitas nações se aproximarão do Senhor, naquele dia, e serão o seu povo. Habitarei no meio de ti, e saberás que o Senhor dos exércitos me enviou a ti. 16O Senhor entrará em posse de Judá, como sua porção na terra santa, e escolherá de novo Jerusalém. 17Emudeça todo mortal diante do Senhor, ele acaba de levantar-se de sua santa habitação”.

Responsório (Lc 1,46-55)

— O Poderoso fez por mim maravilhas, e Santo é o seu nome.

— O Poderoso fez por mim maravilhas, e Santo é o seu nome.


— A minh’alma engrandece ao Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador,

— pois ele viu a pequenez de sua serva, desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita. O Poderoso fez por mim maravilhas e Santo é o seu nome.

— Seu amor, de geração em geração, chega a todos que o respeitam. Demonstrou o poder de seu braço, dispersou os orgulhosos.

— Derrubou os poderosos de seus tronos e os humildes exaltou. De bens saciou os famintos e despediu, sem nada, os ricos.

— Acolheu Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido aos nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.

Evangelho (Mt 12,46-50)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 46enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. 47Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo”. 48Jesus perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 49E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. 50Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

HOMILIA DIÁRIA:



Eduquemos nossas crianças na fé

Não há coisa mais sagrada, mais bela e importante do que educar as crianças na fé. Desde o ventre, a mãe pode orar para que seus filhos sejam entregues aos cuidados de Deus

“Rejubila, alegra-te, cidade de Sião, eis que venho para habitar no meio de ti, diz o Senhor” (Zacarias 2, 14).

Que alegria celebrarmos, hoje, a Apresentação de Nossa Senhora no Templo! Celebramos os eleitos, os escolhidos de Deus, aqueles que querem realmente levar uma vida dedicada ao Senhor. Cada um está colaborando, dando a sua resposta ao plano salvífico do Pai.

Maria, desde criança, foi instruída nas coisas do Senhor, escolhida no princípio quando o pecado entrou no mundo. Seus pais eram de uma formação religiosa sólida, mas, acima de tudo, tinham o coração voltado para Deus e para as coisas sagradas. Queriam educá-la da melhor forma possível, por isso a entregaram ao Senhor, levaram-na no templo como oferenda agradável aos olhos d’Ele.

O que os pais de Maria fizeram entregando-a, consagrando-a a Deus, levando-a no templo, é o que todos os pais devem também fazer!

A primeira consagração e a mais importante delas é o batismo. Por meio dele, todos nós somos consagrados, ungidos e marcados para sermos propriedade do Senhor. Alguns não entendem por que batizamos as crianças, mas é justamente por causa disso. Não queremos que os nossos filhos sejam de Deus apenas quando crescerem; eles podem até fazer a opção de não serem, mas é importante saberem que, desde pequenos, seguem os pais na fé, na entrega, na vida voltada para as coisas do Senhor.

Por isso, desde pequenos nós começamos a trilhar os caminhos do Senhor. Não vamos esperar crescer, ter vontade própria e assim por diante, para pensarmos em entregar nossos filhos para Deus. Fazer isso é a mesma ignorância de achar que vamos esperar a criança crescer para decidir se quer ou não estudar, se quer fazer o bem ou não.

Tudo de bom que temos precisamos dar aos nossos. E não há coisa mais sagrada, mais bela e importante do que educá-los na fé. Desde o ventre, a mãe pode orar para que seus filhos sejam entregues aos cuidados de Deus.

Sabe, meus irmãos, às vezes começamos a viver traumas no ventre materno. E por que ficarmos parados somente nos traumas, nas coisas difíceis, na gravidez complicada, se podemos entregar nossas crianças aos cuidados do Senhor?

Louvo muito quando a mãe põe a mão em sua barriga junto com o pai e, todos os dias, oram pela vida que está naquele ventre. Quando a criança nasce, a preocupação dos pais em levá-la para a igreja, consagrá-la pelo batismo.

Assim como Nossa Senhora foi apresentada ao Senhor, apresentemos a Deus nossos filhos. Assim como Maria cresceu sendo ‘menina de Deus’, queremos que os nossos meninos e meninas também sejam de Deus. Não basta esperar que seja uma coisa mágica: Eu vou na igreja, batizo a criança e pronto.

Maria foi educada todos os dias para ser uma mulher de fé. Eduquemos nossas crianças para que cresçam e sejam homens e mulheres de fé!

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo.

SOLENIDADE DA APRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA NO TEMPLO.



Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou totalmente, e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada.

A memória que a Igreja celebra hoje não encontra fundamentos explícitos nos Evangelhos Canônicos, mas algumas pistas no chamado proto-evangelho de Tiago, livro de Tiago, ou ainda, História do nascimento de Maria. A validade do acontecimento que lembramos possui real alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, construída em 543, perto do templo de Jerusalém.

Os manuscritos não canônicos, contam que Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou totalmente, e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada. Tanto no Oriente, quanto no Ocidente observamos esta celebração mariana nascendo do meio do povo e com muita sabedoria sendo acolhida pela Liturgia Católica, por isso esta festa aparece no Missal Romano a partir de 1505, onde busca exaltar a Jesus através daquela muito bem soube isto fazer com a vida, como partilha Santo Agostinho, em um dos seus Sermões:

“Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação; criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Fez Maria totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. E assim Maria era feliz porque já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o na mente”.

A Beata Maria do Divino Coração dedicava devoção especial à festa da Apresentação de Nossa Senhora, de modo que quis que os atos mais importantes da sua vida se realizassem neste dia.

Foi no dia 21 de novembro de 1964 que o Papa Paulo VI, na clausura da 3ª Sessão do Concílio Vaticano II, consagrou o mundo ao Coração de Maria e declarou Nossa Senhora Mãe da Igreja.

Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós!

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Liturgia Diária: 33ª Semana Comum - Sexta-feira 20/11/2015.

Primeira Leitura (1Mc 4,36-37.52-59)

Leitura do Primeiro Livro dos Macabeus.

36Naqueles dias, Judas e seus irmãos disseram: “Nossos inimigos foram esmagados. Vamos purificar o lugar santo e reconsagrá-lo”. 37Todo o exército então se reuniu e subiu ao monte Sião. 52No vigésimo quinto dia do nono mês, chamado Casleu, do ano cento e quarenta e oito, levantaram-se ao romper da aurora 53e ofereceram um sacrifício conforme a Lei, sobre o novo altar dos holocaustos que haviam construído. 54O altar foi novamente consagrado ao som de cânticos, acompanhados de cítaras, harpas e címbalos, na mesma época do ano e no mesmo dia em que os pagãos o haviam profanado. 55Todo o povo prostrou-se com o rosto em terra para adorar e louvar a Deus que lhes tinha dado um feliz triunfo. 56Durante oito dias, celebraram a dedicação do altar, oferecendo com alegria holocaustos e sacrifícios de comunhão e de louvor. 57Ornaram com coroas de ouro e pequenos escudos a fachada do templo. Reconstruíram as entradas e os alojamentos, nos quais puseram portas. 58Grande alegria tomou conta do povo, pois fora reparado o ultraje infligido pelos pagãos.59De comum acordo com os irmãos e toda a assembleia de Israel, Judas determinou que os dias da dedicação do altar fossem celebrados anualmente com alegres festejos, no tempo exato, durante oito dias, a partir do dia vinte e cinco do mês de Casleu.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Responsório (1Cr 29,10-12)

— Queremos celebrar o vosso nome glorioso.

— Queremos celebrar o vosso nome glorioso.


— Bendito sejais vós, ó Senhor Deus, Senhor Deus de Israel, o nosso pai, desde sempre e por toda a eternidade!

— A vós pertencem a grandeza e o poder, toda a glória, esplendor e majestade, pois tudo é vosso: o que há no céu e sobre a terra!

— A vós, Senhor, também pertence a realeza, pois sobre a terra, como rei, vos elevais. Toda glória e riqueza vêm de vós!

— Sois o Senhor e dominais o universo, em vossa mão se encontra a força e o poder, em vossa mão tudo se afirma e tudo cresce!

Evangelho (Lc 19,45-48)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 45Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os vendedores. 46E disse: “Está escrito: ‘Minha casa será casa de oração’. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões”. 47Jesus ensinava todos os dias no Templo. Os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os notáveis do povo procuravam modo de matá-lo. 48Mas não sabiam o que fazer, porque o povo todo ficava fascinado quando ouvia Jesus falar.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

HOMILIA DIÁRIA:


Deus faz morada em nosso coração


Que a nossa casa interior esteja limpa e organizada, que seja um lugar sereno, onde Deus faça morada e nós possamos nos encontrar sempre com Ele

“Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os vendedores” (Lucas 19,45).


Que zelo, que amor, que cuidado o bom Mestre tem pela casa de Deus! Por mais amoroso e afetuoso que Jesus fosse, de forma nenhuma poderia permitir que fizessem da casa do Pai um comércio, mas foi o que aconteceu no templo naquela ocasião.

Estavam fazendo da casa de Deus um comércio, uma casa de vendedores. Quando Jesus percebeu que isso estava acontecendo, foi cheio de zelo e expulsou dali tudo o que não estava de acordo com a vontade do Senhor.

A casa de Deus, a igreja e o templo são lugares onde nos encontrarmos com o Pai. Fico preocupado quando nossas igrejas são tão barulhentas, quando deixamos que elas sejam lugares para reuniões, para encontros e tantas outras coisas, menos para a oração. E digo mais, precisamos levar nossos filhos para a igreja, a fim de que eles aprendam que ali é a casa de Deus. Fico preocupado, muitas vezes, porque os pais não ligam quando os filhos correm de um lado a outro na igreja, rasgam folhetos, sobem nos bancos… Parece que nem é com eles, parece que não estão vendo.

Como devemos ter zelo e respeito pela casa de Deus! Se deixam fazer isso com a casa de Deus, não quero imaginar o que estão fazendo com a própria casa! Muitas vezes, aquilo que deixamos fazer com a nossa própria casa é reflexo de como anda a nossa “casa-coração”, lugar da morada do Senhor. Que zelo, que respeito devemos ter por essa casa!

Assim como Jesus expulsou os vendilhões que bagunçavam a casa do Pai, Ele quer também que expulsemos do nosso coração tudo aquilo que causa bagunça interior dentro de nós: pensamentos, sentimentos, devassidões e toda aquela multidão de coisas estragadas que não merecem ser ruminadas, lembradas ou cultivadas. Que zelo precisamos ter para com o nosso coração, o lugar da morada de Deus!

É verdade que o Senhor conhece nossa pobreza e miséria, ama-nos do jeitinho que somos; contudo, Ele quer e deseja que assim como a Sua casa é organizada, serena, lugar do encontro com Deus, que a nossa casa interior esteja limpa e organizada. O Senhor quer que nossa casa seja um lugar sereno, onde Deus faça morada e nós possamos nos encontrar sempre com Ele.

Tenhamos zelo pela casa que moramos e pelo nosso coração [o lugar da morada de Deus]. Tenhamos zelo pelas nossas igrejas [o lugar do nosso encontro com Deus].

Deus abençoe você!
SANTO DO DIA:

 
Santo Edmundo, sustento e apoio dos fracos


Suas qualidades morais tornaram-no modelo dos bons reis. Tinha grande aversão aos lisonjeiros; toda a sua ambição era manter a paz e assegurar a felicidade dos súditos

Reinava Offa nos Estados ingleses. Desejando terminar seus dias em Roma, no exercício da piedade e da penitência, passou a coroa para Edmundo, de quinze anos de idade, descendente dos antigos reis anglo-saxões da Grã-Bretanha.

Edmundo, segundo os seus historiadores, foi coroado no dia de Natal de 885. Suas qualidades morais tornaram-no modelo dos bons reis. Tinha grande aversão aos lisonjeiros; toda a sua ambição era manter a paz e assegurar a felicidade dos súditos. Daí o grande zelo na administração da justiça e na implantação dos bons costumes nos seus Estados. Foi o pai dos súditos, sobretudo dos pobres, protetor das viúvas e dos órfãos, sustento e apoio dos fracos. O fervor no serviço de Deus realçava o brilho das suas outras virtudes. A exemplo dos monges e de várias outras pessoas piedosas, aprendeu o saltério de cor.

No décimo quinto ano do seu reinado, foi atacado pelos Dinamarqueses Hínguar e Hubla, príncipes desta nação, verdadeiros piratas, que foram desembarcar na Inglaterra. Edmundo, a princípio, manteve-se sereno, confiando num tratado que tinha feito com os bárbaros logo que vieram para o seu país. Mas quando viu que não respeitaram o tratado, reuniu o seu exército. Mas os infiéis receberam auxílios. Perante este reforço do inimigo, Edmundo sentia-se impotente para o combater.

Então os bárbaros fizeram-lhe várias propostas que recusou, por serem contrárias à religião e à justiça que devia aos súditos. Preferiu expor-se à morte a trair sua consciência. Carregaram-no de pesadas cadeias e levaram Edmundo à tenda do general inimigo. Fizeram-lhe novas propostas. Respondeu com firmeza que a religião lhe era mais cara do que a vida, e que nunca consentiria em ofender a Deus, que adorava. Hínguar, enfurecido com esta resposta, mandou açoitá-lo cruelmente.

O santo sofreu todos os maus tratos com paciência invencível, invocando o Sagrado Nome de Jesus. Por fim, foi condenado a ser decapitado, recebendo a palma do martírio a 20 de novembro de 870.

Os ingleses consideraram-no mártir e dedicaram-lhe numerosas igrejas.

Santo Edmundo, rogai por nós!

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Liturgia Diária: São Roque González e companheiros mártires - Quinta-feira 19/11/2015.

Primeira Leitura (1Mc 2,15-29)

Leitura do Primeiro Livro dos Macabeus.

Naqueles dias, 15os delegados do rei Antíoco, encarregados de obrigar os judeus à apostasia, chegaram à cidade de Modin para organizar os sacrifícios. 16Muitos israelitas aproximaram-se deles, mas Matatias e seus filhos ficaram juntos, à parte.

17Tomando a palavra, os delegados do rei dirigiram-se a Matatias, dizendo: “Tu és um chefe de fama e prestígio na cidade, apoiado por filhos e irmãos. 18Sê o primeiro a aproximar-te e executa a ordem do rei, como fizeram todas as nações, os homens de Judá e os que ficaram em Jerusalém. Tu e teus filhos sereis contados entre os amigos do rei. E sereis honrados, tu e teus filhos, com prata e ouro e numerosos presentes”.

19Com voz forte, Matatias respondeu: “Ainda que todas as nações, incorporadas no império do rei, passem a obedecer-lhe, abandonando a religião de seus antepassados e submetendo-se aos decretos reais, 20eu, meus filhos e meus irmãos, continuaremos seguindo a aliança de nossos pais. 21Deus nos guarde de abandonar sua Lei e seus mandamentos. 22Não atenderemos às ordens do rei e não nos desviaremos de nossa religião nem para a direita nem para a esquerda”.

23Mal ele concluiu estas palavras, um judeu adiantou-se à vista de todos para oferecer um sacrifício no altar de Modin segundo a determinação do rei. 24Ao ver isso, Matatias inflamou-se de zelo e ficou profundamente indignado. Tomado de justa cólera, precipitou-se contra o homem e matou-o sobre o altar. 25Matou também o delegado do rei, que queria obrigar a sacrificar e destruiu o altar. 26Ardia em zelo pela Lei, como Finéias havia feito com Zambri, filho de Salu. 27E Matatias saiu gritando em alta voz pela cidade: “Quem tiver amor pela Lei e quiser conservar a aliança venha e siga-me!” 28Então fugiram, ele e seus filhos, para as montanhas, abandonando tudo o que possuíam na cidade. 29Também muitos, seguidores da justiça e do direito, desceram para o deserto e ali se estabeleceram.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Responsório (Sl 49)

— A todos que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.

— A todos que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.


— Falou o Senhor Deus, chamou a terra, do sol nascente ao sol poente a convocou. De Sião, beleza plena, Deus refulge.

— “Reuni à minha frente os meus eleitos, que selaram a Aliança em sacrifícios!” Testemunha o próprio céu seu julgamento, porque Deus mesmo é juiz e vai julgar.

— Imola a Deus um sacrifício de louvor e cumpre os votos que fizeste ao Altíssimo. Invoca-me no dia da angústia, e então te livrarei e hás de louvar-me”.

Evangelho (Lc 19,41-44)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 41quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar. E disse: 42“Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, isso está escondido aos teus olhos!43Dias virão em que os inimigos farão trincheiras contra ti e te cercarão de todos os lados. 44Eles esmagarão a ti e a teus filhos. E não deixarão em ti pedra sobre pedra. Porque tu não reconheceste o tempo em que foste visitada”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.








HOMILIA DIÁRIA:


Jesus é solidário com os nossos sofrimentos.


O Mestre consola as lágrimas de todos aqueles que sofrem, porque investiram sua vida para o melhor dos seus e, muitas vezes, não souberam ou não puderam colher os melhores frutos

“Quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar” (Lucas 19, 41).


Como Jesus amava a cidade santa de Jerusalém! Como aquela cidade tinha um lugar singular em Seu coração! Jerusalém é a cidade do grande Rei, é a cidade do Rei Davi. Jerusalém tem toda a sua importância econômica, política, social e, sobretudo, a sua importância religiosa, é o símbolo da cidade eterna.

Foi Jerusalém que desprezou os profetas, que desprezou o Senhor da vida. Foi na cidade eterna que o Senhor morreu. Por isso, Ele chora sobre aquele lugar.

Sabe, meus irmãos, o choro de Jesus é de solidariedade, como o choro de cada mãe, de cada pai por seus filhos. O choro de Jesus é solidário ao nosso choro, às nossas lágrimas e nossos sofrimentos. Muitas vezes, investimos tanto a nossa vida para o bem do próximo, para edificarmos coisas boas, mas, de repente, perdemos aquilo no qual investimos a nossa vida.

É belo ver o quanto uma mãe e um pai investem toda a sua vida no filho ou nos filhos que têm, para que sejam bons rapazes e boas moças! Por mais insano que seja um pai e uma mãe, vão querer sempre o melhor para os seus filhos.

Por isso, doí demais o coração dos pais quando os filhos os desprezam, quando eles se perdem. Quando as lágrimas de uma mãe rolam por terra, elas se juntam às lágrimas de Cristo, que caem sobre Jerusalém; são lágrimas de lamento, de dor, mas que não os fazem perder a esperança nem a confiança.

A cidade que crucifica o Mestre é a mesma que vai vê-Lo vivo e contemplá-Lo ressuscitado. Desse modo, onde semeamos nossas lágrimas a vida nova há de brotar.

No dia de hoje, o Mestre consola as lágrimas de todos aqueles que sofrem, porque investiram sua vida para o melhor dos seus e, muitas vezes, não souberam ou não puderam colher os melhores frutos.

Deus está contigo, com seu sofrimento, com sua dor. Ele é solidário com tudo aquilo que muitos dos nossos sofrem por perderem o que de melhor investiram na vida.

Você não está sozinho, a graça de Deus está com você!

Deus abençoe você!



Padre Roger Araújo

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Liturgia Diária: Dedicação Basílicas S. Pedro e S. Paulo - Quarta-feira 18/11/2015.

Primeira Leitura (2Mc 7,1.20-31)

Leitura do Segundo Livro dos Macabeus.

Naqueles dias, 1aconteceu que foram presos sete irmãos, com sua mãe, aos quais o rei, por meio de
golpes de chicote e de nervos de boi, quis obrigar a comer carne de porco, que lhes era proibida.
20Mas especialmente admirável e digna de abençoada memória foi a mãe, que, num só dia, viu
morrer sete filhos, e tudo suportou valorosamente por causa da esperança que depositou no Senhor.
21Cheia de nobres sentimentos, ela exortava a cada um na língua de seus pais e, revestindo de
coragem varonil sua alma de mulher, dizia-lhes: 22“Não sei como aparecestes em minhas entranhas:
não fui eu quem vos deu o espírito e a vida nem fui eu quem organizou os elementos dos vossos corpos.
23Por isso, o Criador do mundo, que formou o homem na sua origem e preside à geração de todas as
coisas, ele mesmo, na sua misericórdia, vos dará de novo o espírito e a vida, pois agora vos
desprezais a vós mesmos, por amor às suas leis”. 24Antíoco julgou que ela o desprezasse e
suspeitou que o estivesse insultando. Como o mais novo dos irmãos ainda estivesse vivo, o rei tentava
persuadi-lo. E não só com palavras, mas também com juramento, prometeu fazê-lo rico e feliz, além de
torná-lo seu amigo e confiar-lhe altas funções, contanto que abandonasse as leis de seus antepassados.
25Vendo que o jovem não lhe prestava nenhuma atenção, o rei chamou a mãe e exortou-a a dar
conselhos ao rapaz, para que salvasse a sua vida. 26Como ele insistisse com muitas palavras, ela
concordou em persuadir o filho. 27Inclinou-se então para ele e, zombando do cruel tirano, assim falou
na língua de seus pais: “Filho, tem compaixão de mim, que te trouxe nove meses em meu seio e por
três anos te amamentei; que te criei e eduquei até a idade que tens, sempre cuidando do teu sustento.
28Eu te peço, meu filho: contempla o céu e a terra e observa tudo o que neles existe. Reconhece que
não foi de coisas existentes que Deus os fez, e que também o gênero humano surgiu da mesma
forma. 29Não tenhas medo desse carrasco. Pelo contrário, sê digno de teus irmãos e aceita a morte,
a fim de que eu torne a receber-te com eles no tempo da misericórdia”.
30Mal tinha ela acabado de falar, o jovem declarou: “Que esperais? Não obedecerei às ordens do
rei, mas aos mandamentos da Lei dada aos nossos pais por Moisés. 31E tu, que inventaste toda
espécie de maldades contra os hebreus, não escaparás às mãos de Deus”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.

Ou (escolhe-se uma das Leituras)


Primeira Leitura (At 28,11-16.30-31)

Leitura dos Atos dos Apóstolos.

11Depois de três meses, embarcamos num navio alexandrino, que passara o inverno na ilha de
Malta e tinha como emblema os Dióscuros. 12Fizemos escala em Siracusa e aí
permanecemos três dias. 13Depois, costeando, chegamos a Régio. No dia seguinte, levantou-se o vento sul e, em dois dias, chegamos a Putéoli.14Aí encontramos alguns irmãos que nos pediram para ficar sete dias com eles. Em seguida, fomos para Roma.15Os irmãos de Roma, informados a nosso
respeito, vieram receber-nos no Foro Ápio e Três Tabernas. Ao vê-los, Paulo deu graças a Deus
e sentiu-se animado. 16Quando entramos em Roma, Paulo recebeu permissão para morar em casa
particular, com um soldado que o vigiava. 30Paulo morou dois anos numa casa alugada. Ele recebia
todos os que o procuravam, 31pregando o Reino de Deus. Com toda a coragem e sem obstáculos,
ele ensinava as coisas que se referiam ao Senhor Jesus Cristo.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 16)

— Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!

— Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!


— Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor! Inclinai o vosso
ouvido à minha prece, pois não existe falsidade nos meus lábios!

— Os meus passos eu firmei na vossa estrada, e por isso os meus pés não vacilaram. Eu vos
chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai o vosso ouvido e escutai-me!

— Protegei-me qual dos olhos a pupila e guardai-me, à proteção de vossas asas. Mas eu verei,
justificado, a vossa face e ao despertar me saciará vossa presença.

Evangelho (Lc 19,11-28)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 11Jesus acrescentou uma parábola, porque estava perto de Jerusalém
 e eles pensavam que o Reino de Deus ia chegar logo. 12Então Jesus disse:
“Um homem nobre partiu para um país distante, a fim de ser coroado rei e depois
 voltar. 13Chamou então dez dos seus empregados, entregou cem moedas de prata a
cada um e disse:  ‘Procurai negociar até que eu volte’.14Seus concidadãos, porém, o
odiavam, e enviaram uma embaixada atrás dele, dizendo: ‘Nós não queremos que esse
homem reine sobre nós’. 15Mas o homem foi coroado rei e
 voltou. Mandou chamar os empregados, aos quais havia dado o dinheiro, a fim de saber
 quanto cada um havia lucrado. 16O primeiro chegou e disse: ‘Senhor, as cem moedas
 renderam dez vezes mais’. 17O homem disse: ‘Muito bem, servo bom. Como foste fiel em
 coisas pequenas, recebe o governo de dez cidades’. 18O segundo chegou e disse: ‘Senhor,
 as cem moedas renderam cinco vezes mais’. 19O homem disse também a este: ‘Recebe tu
 também  o governo de cinco cidades’. 20Chegou o outro empregado e disse: ‘Senhor, aqui
 estão as tuas cem moedas que guardei num lenço, 21pois eu tinha medo de ti, porque és um
homem severo. Recebes o que não deste e colhes o que não semeaste’. 22O homem disse:
‘Servo mau, eu te julgo pela tua própria boca. Tu sabias que eu sou um homem severo,
que recebo o que não dei e colho o que não semeei. 23Então, por que tu não depositaste
 meu dinheiro no banco? Ao chegar, eu o
retiraria com juros’. 24Depois disse aos que estavam aí presentes: ‘Tirai dele as cem
moedas e dai-as àquele que tem mil’. 25Os presentes disseram: ‘Senhor, esse já tem mil
 moedas!’ 26Ele respondeu: ‘Eu vos digo: a todo aquele que já possui, será dado mais
ainda; mas àquele que nada tem, será tirado até mesmo o que tem. 27E quanto a esses
inimigos, que não queriam que eu
reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os na minha frente’”. 28Jesus caminhava
à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor




Ou (escolhe-se um dos Evangelho.

Evangelho (Mt 14,22-33)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Depois que a multidão comera fartamente, 22Jesus mandou que os discípulos entrassem
 na barca e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as
 multidões. 23Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou,
e Jesus continuava ali, sozinho. 24A barca, porém, já longe da terra era agitada pelas ondas,
pois o vento era contrário. 25Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando
sobre o mar. 26Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados,
 e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. 27Jesus, porém, logo lhes disse:
 “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” 28Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu,
manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água.” 29E Jesus respondeu:
“Vem!” Pedro desceu da barca e
começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30Mas, quando sentiu o vento, ficou com
medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31Jesus logo estendeu a mão,
 segurou Pedro e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?”32Assim que subiram
 na barca, o vento se acalmou. 33Os que estavam na barca, prostraram-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho  de Deus!”

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


HOMILIA DIÁRIA:



Coloquemos os dons que recebemos de Deus a serviço do bem

Não podemos nem devemos enterrar os talentos que recebemos, pelo contrário, precisamos florescer a graça que recebemos de Deus como bondade para nós.

“Muito bem, servo bom. Como foste fiel em coisas pequenas, recebe o governo de dez cidades” (Lucas 19, 17).


A parábola deste homem nobre, que colocou seus bens na mão de seus empregados, dando cem moedas de prata a cada um para que as pudessem multiplicar, é o exemplo do pai que confia seus bens aos filhos, para que possam render outros bens, multiplicar-se e não se perder.

Na parábola, o que muito recebeu procurou fazer render muito aquilo que recebeu e não guardou; desse modo, foi elogiado e recebeu muito mais por aquilo que fez. Já o outro, que recebeu também cem moedas, guardou-as num lenço e deixou-se levar pelo medo, pelo receio, e não multiplicou a graça que recebeu.

Sabe, meus irmãos, essa parábola mostra-nos também uma outra realidade: se Deus é bom, se ele é misericordioso, Ele também é justo e correto naquilo que faz. Aquilo que Deus nos deu é o que vai esperar de volta multiplicado, acrescido naquilo que fizemos nesta terra, da vida que levamos, da conduta, da forma como dirigimos nossos passos.

Não podemos nem devemos enterrar os talentos que recebemos; pelo contrário, precisamos florescer a graça que recebemos de Deus como bondade para nós!

Todo ser humano é capaz de produzir frutos, exceto se a pessoa se enterre na preguiça e no medo, e queira viver apenas uma vida de forma relapsa; mas todos nós temos condições de produzir muitos frutos.

Deus não quer muito de nós, mas Ele nos capacita para fazermos o pouco que temos ser muito. Você que é pai recebeu a graça de ser um bom pai e precisa se esforçar para ser o melhor possível. Digo o mesmo da mãe, do estudante, do filho, do trabalhador, do homem do campo…

Graças a Deus, olhamos para um mundo onde muitos dons foram multiplicados e pessoas foram capazes de fazer muitas coisas boas para a humanidade, para a nossa saúde, para o equilíbrio da natureza! Mas, infelizmente, houve aqueles que não só desperdiçaram os talentos como também usaram muito mal os dons que receberam. Alguns preferiram criar bombas, outros usar os dons que tinham para construir coisas que nada edificam.

Usemos os dons que o Senhor nos concedeu para fazermos o bem ao nosso próximo, onde quer que estejamos. Que não enterremos o nosso talento, mas coloquemos toda a graça que recebemos do Senhor a serviço do bem!

Deus abençoe você!



Padre Roger Araújo



Beatos Domingos Jorge, Isabel Fernandes e Inácio



Domingos Jorge, com a esposa Isabel Fernandes e o filho Inácio, foram beatificados pelo Papa Pio IX em julho de 1867

Domingos Jorge nasceu em Vermoim da Maia, perto do Porto (Portugal). Muito jovem, partiu para a Índia, onde combateu pela fé e pela Pátria. Aventureiro por natureza, empreendeu viagem para o Japão, onde nesse tempo reinava perseguição furiosa. Todos os missionários eram mortos, e mortos também todos aqueles que os acolhessem em suas casas. Apesar de todos os riscos, não quiseram os missionários estrangeiros abandonar para os instruir, animar e lhes administrar os sacramentos.

Domingos Jorge, membro da Companhia do Rosário, casou com uma jovem japonesa, à qual o missionário português, Padre Pedro Gomes, oito dias após o nascimento, deu o nome de Isabel Fernandes. Vivia este casal modelo no amor de Deus, na paz e na felicidade, perto da cidade de Nagazáki. Por bondade e piedade, receberam em sua casa dois missionários jesuítas e, naquela noite (era o dia da festa de Santa Luzia), o governador de Nagasáki ordenou que fossem presos os dois missionários juntamente com Domingos Jorge. Após um ano de prisão, foram condenados à morte. Domingos Jorge, após escutar a sentença, pronunciou estas palavras: “Mais aprecio eu esta sentença do que me fizessem Senhor de todo o Japão”.

Era o ano de 1619. Domingos Jorge foi amarrado ao poste no chamado “Monte Santo” de Nagasáki, onde tantos cristãos deram a vida por Deus, e, ali, juntamente com outros mártires rezando a oração do Credo, Domingos Jorge foi queimado vivo.

Passados três anos, na manhã de 10 de novembro de 1622, o “Monte Santo” de Nagasáki, regado com o sangue de tantas centenas de cristãos, apresentava um aspecto solene e comovedor. Ali se apinhavam mais de 30.000 pessoas para assistirem ao Grande Martírio, isto é, à morte de 56 filhos da Santa Igreja Católica. Entre eles, encontravam-se Isabel Fernandes, de uns 25 anos de idade, viúva do Beato Domingos Jorge, e seu filhinho Inácio, de quatro anos. Os mártires foram divididos em dois grupos: 24 religiosos de várias Ordens, condenados a morrer a fogo lento; os outros 32 eram constituídos por 14 mulheres e 18 homens (a maioria deste segundo grupo recebeu como condenação serem decapitados). Isabel Fernandes, antes de ser degolada juntamente com seu filhinho Inácio, exclamou: “De todo o coração ofereço a Deus as duas coisas mais preciosas que possuo no mundo: a minha vida e a do meu filhinho”.

Domingos Jorge, com a esposa Isabel Fernandes e o filho Inácio, foram beatificados pelo Papa Pio IX em julho de 1867.

Beatos Domingos Jorge, Isabel Fernandes e Inácio, rogai por nós!