São Francisco e Santa Clara de Assis.

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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Liturgia Diária: Dedicação Basílicas S. Pedro e S. Paulo - Quarta-feira 18/11/2015.

Primeira Leitura (2Mc 7,1.20-31)

Leitura do Segundo Livro dos Macabeus.

Naqueles dias, 1aconteceu que foram presos sete irmãos, com sua mãe, aos quais o rei, por meio de
golpes de chicote e de nervos de boi, quis obrigar a comer carne de porco, que lhes era proibida.
20Mas especialmente admirável e digna de abençoada memória foi a mãe, que, num só dia, viu
morrer sete filhos, e tudo suportou valorosamente por causa da esperança que depositou no Senhor.
21Cheia de nobres sentimentos, ela exortava a cada um na língua de seus pais e, revestindo de
coragem varonil sua alma de mulher, dizia-lhes: 22“Não sei como aparecestes em minhas entranhas:
não fui eu quem vos deu o espírito e a vida nem fui eu quem organizou os elementos dos vossos corpos.
23Por isso, o Criador do mundo, que formou o homem na sua origem e preside à geração de todas as
coisas, ele mesmo, na sua misericórdia, vos dará de novo o espírito e a vida, pois agora vos
desprezais a vós mesmos, por amor às suas leis”. 24Antíoco julgou que ela o desprezasse e
suspeitou que o estivesse insultando. Como o mais novo dos irmãos ainda estivesse vivo, o rei tentava
persuadi-lo. E não só com palavras, mas também com juramento, prometeu fazê-lo rico e feliz, além de
torná-lo seu amigo e confiar-lhe altas funções, contanto que abandonasse as leis de seus antepassados.
25Vendo que o jovem não lhe prestava nenhuma atenção, o rei chamou a mãe e exortou-a a dar
conselhos ao rapaz, para que salvasse a sua vida. 26Como ele insistisse com muitas palavras, ela
concordou em persuadir o filho. 27Inclinou-se então para ele e, zombando do cruel tirano, assim falou
na língua de seus pais: “Filho, tem compaixão de mim, que te trouxe nove meses em meu seio e por
três anos te amamentei; que te criei e eduquei até a idade que tens, sempre cuidando do teu sustento.
28Eu te peço, meu filho: contempla o céu e a terra e observa tudo o que neles existe. Reconhece que
não foi de coisas existentes que Deus os fez, e que também o gênero humano surgiu da mesma
forma. 29Não tenhas medo desse carrasco. Pelo contrário, sê digno de teus irmãos e aceita a morte,
a fim de que eu torne a receber-te com eles no tempo da misericórdia”.
30Mal tinha ela acabado de falar, o jovem declarou: “Que esperais? Não obedecerei às ordens do
rei, mas aos mandamentos da Lei dada aos nossos pais por Moisés. 31E tu, que inventaste toda
espécie de maldades contra os hebreus, não escaparás às mãos de Deus”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.

Ou (escolhe-se uma das Leituras)


Primeira Leitura (At 28,11-16.30-31)

Leitura dos Atos dos Apóstolos.

11Depois de três meses, embarcamos num navio alexandrino, que passara o inverno na ilha de
Malta e tinha como emblema os Dióscuros. 12Fizemos escala em Siracusa e aí
permanecemos três dias. 13Depois, costeando, chegamos a Régio. No dia seguinte, levantou-se o vento sul e, em dois dias, chegamos a Putéoli.14Aí encontramos alguns irmãos que nos pediram para ficar sete dias com eles. Em seguida, fomos para Roma.15Os irmãos de Roma, informados a nosso
respeito, vieram receber-nos no Foro Ápio e Três Tabernas. Ao vê-los, Paulo deu graças a Deus
e sentiu-se animado. 16Quando entramos em Roma, Paulo recebeu permissão para morar em casa
particular, com um soldado que o vigiava. 30Paulo morou dois anos numa casa alugada. Ele recebia
todos os que o procuravam, 31pregando o Reino de Deus. Com toda a coragem e sem obstáculos,
ele ensinava as coisas que se referiam ao Senhor Jesus Cristo.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 16)

— Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!

— Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!


— Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor! Inclinai o vosso
ouvido à minha prece, pois não existe falsidade nos meus lábios!

— Os meus passos eu firmei na vossa estrada, e por isso os meus pés não vacilaram. Eu vos
chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai o vosso ouvido e escutai-me!

— Protegei-me qual dos olhos a pupila e guardai-me, à proteção de vossas asas. Mas eu verei,
justificado, a vossa face e ao despertar me saciará vossa presença.

Evangelho (Lc 19,11-28)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 11Jesus acrescentou uma parábola, porque estava perto de Jerusalém
 e eles pensavam que o Reino de Deus ia chegar logo. 12Então Jesus disse:
“Um homem nobre partiu para um país distante, a fim de ser coroado rei e depois
 voltar. 13Chamou então dez dos seus empregados, entregou cem moedas de prata a
cada um e disse:  ‘Procurai negociar até que eu volte’.14Seus concidadãos, porém, o
odiavam, e enviaram uma embaixada atrás dele, dizendo: ‘Nós não queremos que esse
homem reine sobre nós’. 15Mas o homem foi coroado rei e
 voltou. Mandou chamar os empregados, aos quais havia dado o dinheiro, a fim de saber
 quanto cada um havia lucrado. 16O primeiro chegou e disse: ‘Senhor, as cem moedas
 renderam dez vezes mais’. 17O homem disse: ‘Muito bem, servo bom. Como foste fiel em
 coisas pequenas, recebe o governo de dez cidades’. 18O segundo chegou e disse: ‘Senhor,
 as cem moedas renderam cinco vezes mais’. 19O homem disse também a este: ‘Recebe tu
 também  o governo de cinco cidades’. 20Chegou o outro empregado e disse: ‘Senhor, aqui
 estão as tuas cem moedas que guardei num lenço, 21pois eu tinha medo de ti, porque és um
homem severo. Recebes o que não deste e colhes o que não semeaste’. 22O homem disse:
‘Servo mau, eu te julgo pela tua própria boca. Tu sabias que eu sou um homem severo,
que recebo o que não dei e colho o que não semeei. 23Então, por que tu não depositaste
 meu dinheiro no banco? Ao chegar, eu o
retiraria com juros’. 24Depois disse aos que estavam aí presentes: ‘Tirai dele as cem
moedas e dai-as àquele que tem mil’. 25Os presentes disseram: ‘Senhor, esse já tem mil
 moedas!’ 26Ele respondeu: ‘Eu vos digo: a todo aquele que já possui, será dado mais
ainda; mas àquele que nada tem, será tirado até mesmo o que tem. 27E quanto a esses
inimigos, que não queriam que eu
reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os na minha frente’”. 28Jesus caminhava
à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor




Ou (escolhe-se um dos Evangelho.

Evangelho (Mt 14,22-33)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Depois que a multidão comera fartamente, 22Jesus mandou que os discípulos entrassem
 na barca e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as
 multidões. 23Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou,
e Jesus continuava ali, sozinho. 24A barca, porém, já longe da terra era agitada pelas ondas,
pois o vento era contrário. 25Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando
sobre o mar. 26Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados,
 e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. 27Jesus, porém, logo lhes disse:
 “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” 28Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu,
manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água.” 29E Jesus respondeu:
“Vem!” Pedro desceu da barca e
começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30Mas, quando sentiu o vento, ficou com
medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31Jesus logo estendeu a mão,
 segurou Pedro e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?”32Assim que subiram
 na barca, o vento se acalmou. 33Os que estavam na barca, prostraram-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho  de Deus!”

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


HOMILIA DIÁRIA:



Coloquemos os dons que recebemos de Deus a serviço do bem

Não podemos nem devemos enterrar os talentos que recebemos, pelo contrário, precisamos florescer a graça que recebemos de Deus como bondade para nós.

“Muito bem, servo bom. Como foste fiel em coisas pequenas, recebe o governo de dez cidades” (Lucas 19, 17).


A parábola deste homem nobre, que colocou seus bens na mão de seus empregados, dando cem moedas de prata a cada um para que as pudessem multiplicar, é o exemplo do pai que confia seus bens aos filhos, para que possam render outros bens, multiplicar-se e não se perder.

Na parábola, o que muito recebeu procurou fazer render muito aquilo que recebeu e não guardou; desse modo, foi elogiado e recebeu muito mais por aquilo que fez. Já o outro, que recebeu também cem moedas, guardou-as num lenço e deixou-se levar pelo medo, pelo receio, e não multiplicou a graça que recebeu.

Sabe, meus irmãos, essa parábola mostra-nos também uma outra realidade: se Deus é bom, se ele é misericordioso, Ele também é justo e correto naquilo que faz. Aquilo que Deus nos deu é o que vai esperar de volta multiplicado, acrescido naquilo que fizemos nesta terra, da vida que levamos, da conduta, da forma como dirigimos nossos passos.

Não podemos nem devemos enterrar os talentos que recebemos; pelo contrário, precisamos florescer a graça que recebemos de Deus como bondade para nós!

Todo ser humano é capaz de produzir frutos, exceto se a pessoa se enterre na preguiça e no medo, e queira viver apenas uma vida de forma relapsa; mas todos nós temos condições de produzir muitos frutos.

Deus não quer muito de nós, mas Ele nos capacita para fazermos o pouco que temos ser muito. Você que é pai recebeu a graça de ser um bom pai e precisa se esforçar para ser o melhor possível. Digo o mesmo da mãe, do estudante, do filho, do trabalhador, do homem do campo…

Graças a Deus, olhamos para um mundo onde muitos dons foram multiplicados e pessoas foram capazes de fazer muitas coisas boas para a humanidade, para a nossa saúde, para o equilíbrio da natureza! Mas, infelizmente, houve aqueles que não só desperdiçaram os talentos como também usaram muito mal os dons que receberam. Alguns preferiram criar bombas, outros usar os dons que tinham para construir coisas que nada edificam.

Usemos os dons que o Senhor nos concedeu para fazermos o bem ao nosso próximo, onde quer que estejamos. Que não enterremos o nosso talento, mas coloquemos toda a graça que recebemos do Senhor a serviço do bem!

Deus abençoe você!



Padre Roger Araújo



Beatos Domingos Jorge, Isabel Fernandes e Inácio



Domingos Jorge, com a esposa Isabel Fernandes e o filho Inácio, foram beatificados pelo Papa Pio IX em julho de 1867

Domingos Jorge nasceu em Vermoim da Maia, perto do Porto (Portugal). Muito jovem, partiu para a Índia, onde combateu pela fé e pela Pátria. Aventureiro por natureza, empreendeu viagem para o Japão, onde nesse tempo reinava perseguição furiosa. Todos os missionários eram mortos, e mortos também todos aqueles que os acolhessem em suas casas. Apesar de todos os riscos, não quiseram os missionários estrangeiros abandonar para os instruir, animar e lhes administrar os sacramentos.

Domingos Jorge, membro da Companhia do Rosário, casou com uma jovem japonesa, à qual o missionário português, Padre Pedro Gomes, oito dias após o nascimento, deu o nome de Isabel Fernandes. Vivia este casal modelo no amor de Deus, na paz e na felicidade, perto da cidade de Nagazáki. Por bondade e piedade, receberam em sua casa dois missionários jesuítas e, naquela noite (era o dia da festa de Santa Luzia), o governador de Nagasáki ordenou que fossem presos os dois missionários juntamente com Domingos Jorge. Após um ano de prisão, foram condenados à morte. Domingos Jorge, após escutar a sentença, pronunciou estas palavras: “Mais aprecio eu esta sentença do que me fizessem Senhor de todo o Japão”.

Era o ano de 1619. Domingos Jorge foi amarrado ao poste no chamado “Monte Santo” de Nagasáki, onde tantos cristãos deram a vida por Deus, e, ali, juntamente com outros mártires rezando a oração do Credo, Domingos Jorge foi queimado vivo.

Passados três anos, na manhã de 10 de novembro de 1622, o “Monte Santo” de Nagasáki, regado com o sangue de tantas centenas de cristãos, apresentava um aspecto solene e comovedor. Ali se apinhavam mais de 30.000 pessoas para assistirem ao Grande Martírio, isto é, à morte de 56 filhos da Santa Igreja Católica. Entre eles, encontravam-se Isabel Fernandes, de uns 25 anos de idade, viúva do Beato Domingos Jorge, e seu filhinho Inácio, de quatro anos. Os mártires foram divididos em dois grupos: 24 religiosos de várias Ordens, condenados a morrer a fogo lento; os outros 32 eram constituídos por 14 mulheres e 18 homens (a maioria deste segundo grupo recebeu como condenação serem decapitados). Isabel Fernandes, antes de ser degolada juntamente com seu filhinho Inácio, exclamou: “De todo o coração ofereço a Deus as duas coisas mais preciosas que possuo no mundo: a minha vida e a do meu filhinho”.

Domingos Jorge, com a esposa Isabel Fernandes e o filho Inácio, foram beatificados pelo Papa Pio IX em julho de 1867.

Beatos Domingos Jorge, Isabel Fernandes e Inácio, rogai por nós!

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